RESUMO
Foi realizado estudo prospectivo de um ciclo menstrual, de 91 pacientes consecutivas, por meio de dosagens de FSH, LH e prolactina no terceiro dia do ciclo, monitorização ultra-sonográfica de crescimento folicular e endometrial até a ovulação, dosagem de progesterona plasmática entre o sexto e oitavo dias da fase lútea e histerossalpingografia. Dezessete (18,7 por cento) pacientes apresentaram alterações hormonais ou de ovulação. Na histerossalpingografia, foram evidenciadas lesões tubárias que podem estar associadas a moléstia inflamatória pélvica em 52 por cento das pacientes nulíparas e em 17 por cento das não-nulíparas. Nas não-nulíparas, 40 por cento das lesões foram devidas a laqueadura tubária. Os autores concluíram que, embora a monitorização do ciclo menstrual seja trabalhosa e consuma tempo, a freqüência das alterações encontradas justifica a realização do procedimento. Concluíram ainda que, nas pacientes nulíparas com queixa de infertilidade, deve ser realizado estudo das tubas uterinas, em vista do encontro freqüente de seqüelas de moléstia inflamatória pélvica nestas estruturas.